Ocorre aumento do volume de liquor (LCR) dentro dos ventrículos cerebrais, geralmente necessitando procedimento neurocirúrgico para alívio da hipertensão intracraniana.
As formas infantis possuem etiologia e terapêutica bem distintas do adulto. Há crianças que nascem com hidrocefalia associada a outras malformações como a Síndrome de Chiari tipo II e meningomielocele. Em crianças é muito importante avaliar perímetro cefálico e como está o desenvolvimento neuropsicomotor dos pequenos.
Nos adultos a fisiopatologia é diferente, pode haver um tumor causando obstrução direta da drenagem liquórica, ou sangramento cerebral que diminui a eficácia da absorção de liquor. Geralmente no adulto são condições de urgência que precisam de resolutividade imediata.
Para tratar a hidrocefalia pode ser colocada uma válvula externa, que é uma medida temporária em uma situação de emergência. Muitas vezes o paciente não consegue ficar sem este dispositivo e assim nós realizamos procedimento para implante interno deste sistema de derivação, sendo o mais comum a derivação ventriculoperitoneal (DVP). Este sistema não precisa ser trocado periodicamente, apenas quando apresenta disfunção ou infecção.
Em alguns casos é possível através de endoscopia ventricular fazer novos trajetos que facilitem a drenagem do LCR e deste modo evitar implante de uma válvula.